Decidi, meio que aleatoriamente, que voltaria a postar.
Só pela zoeira, só pelo acaso, só pela falta de ter o que fazer.
Welcome back, bitches.
Falta café
pagar analista, psiquiatra e psicólogo tá caro.
terça-feira, 14 de agosto de 2012
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Chega um ponto, na vida de qualquer um, que toda a criatividade se vai. Como onda que quebra na beira do mar, como um relacionamento que acaba, como um vento muito gelado que bate no rosto e dói. É triste ver a criatividade ir embora, mas não há muito que fazer.
Acho que no meu caso é ainda pior, só tenho qualquer tipo de inspiração quando estou me sentindo como lixo, o que gera textos melancólicos assim como esse. De qualquer modo, não é sobre meus textos, ou sobre minha falta de criatividade que quero comentar.
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Não consigo mais escrever, estou com bloqueio há mais de dois meses. Caralho.
Acho que no meu caso é ainda pior, só tenho qualquer tipo de inspiração quando estou me sentindo como lixo, o que gera textos melancólicos assim como esse. De qualquer modo, não é sobre meus textos, ou sobre minha falta de criatividade que quero comentar.
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Não consigo mais escrever, estou com bloqueio há mais de dois meses. Caralho.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
''Ultimamente eu não rezo, nem saberia como rezar, pedir algo aos céus. Não.
Ultimamente eu imploro. Imploro aos céus por uma chuva, por um milagre, por calma, por um remédio que funcione, por uma mente mais lúcida. Até agora nada. Acho que Deus anda ocupado, ou se esqueceu.
Tenho implorado pelo nosso desencontro, trocar passos e não te ver passar. Andar por esquinas que você não anda, beber onde você não bebe. Qualquer desencontro já está bom.''
começo do texto que eu não consigo terminar. mais um ):
Então, faz tempo que não apareço. Está tudo bem, rs.
Abraço pra vocês. Assim que eu conseguir terminar o texto, posto aqui.
Ultimamente eu imploro. Imploro aos céus por uma chuva, por um milagre, por calma, por um remédio que funcione, por uma mente mais lúcida. Até agora nada. Acho que Deus anda ocupado, ou se esqueceu.
Tenho implorado pelo nosso desencontro, trocar passos e não te ver passar. Andar por esquinas que você não anda, beber onde você não bebe. Qualquer desencontro já está bom.''
começo do texto que eu não consigo terminar. mais um ):
Então, faz tempo que não apareço. Está tudo bem, rs.
Abraço pra vocês. Assim que eu conseguir terminar o texto, posto aqui.
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Café amargo, fotos espelhadas.
Você não estava no mesmo hotel, pelo menos não na mesma data. Estava no hotel há dois ou três meses. Mesmo hotel, mesmo andar.
Também não estava na praia pela noite, porque eu estava lá e até pensei ter te visto pelo canto do olho, mas não era. Era alguém mais alto com o cabelo pior.
Também não te vi fazendo compras no mercado que tem dentro do Cobal, nem escolhendo a melhor cerveja, ou o melhor vinho. Não comprou queijos e nem uma caixa de chocolates. Não comprou o Lucky, porque acho que parou com isso.
Também não estava no Cristo, eu fui lá, tentei achar, mas não. Nem na pequena loja instalada, nem comprando um cafezinho ruim e amargo que tinha ali no pé do Cristo.
Procurei na Bienal, nas bancas de jornais, em tudo quanto foi mercado, em tudo quanto foi tabacaria.
Tirei fotos, fotos minhas que, na verdade, são suas. Pode conferir. Todos os lugares, todas as poses, os mesmos sorrisos, os mesmos turistas. Tudo tão igual, mas em datas diferentes.
Por fim, me pego sentada no Santos D., café na minha frente, adoçante espalhado pela mesa e você passa. Talvez só na minha memória, mas sei que passa por mim, faz sinal com a cabeça e sai andando. Não fuma.
Subo no avião e ainda tenho recente a sua imagem passando. Sento na poltrona 8A, que lixo de lugar, bem na asa. As pessoas vão entrando, mas ninguém que chame a atenção entra.
O voo foi tranquilo.
Brasília. Outro café, mais adoçante e mais uma vez, você passando. Dessa vez carrega bagagem, está estressado. Então me lembro que um dia comentou que tinha muito na cabeça, pouco tempo pra resolver. Não acenou. Não fez sinal com a cabeça. Me olhou com desprezo.
Eu também me desprezava.
Era um desprezo maior que o seu. Era eu desprezando o que eu era.
Por um minuto, achei que não fosse fazer nada, até que você puxou uma cadeira, sentou-se junto, fez algumas perguntas, recebeu respostas que não lhe agradaram e então foi-se embora. Certeza que para não ter que me olhar mais uma vez, entrou no primeiro avião possível, mesmo que este fosse para o Amapá. Qualquer lugar era melhor que dividir uma mesa comigo.
O voo atrasa. Atrasa ao ponto de eu me estressar com a presença de qualquer um, fosse você, fosse deus.
Depois da espera, entro no avião, poltrona 9E, meio. Merda, mais uma hora e trinta minutos sentada ao lado de alguém que não gosto, não conheço e nem faço questão, mas como é meio... São duas pessoas que eu não gosto, não conheço e nem faço questão.
Entra um barbudo no avião, roupas calmas, andar calmo, sandálias. Não carrega blusa de frio, nem mochila. Carrega um livro e uma carteira. Senta-se na janela. Revira o livro do avesso, mas não encontra inspiração para lê-lo.
Entra um moreno alto que até poderia ser considerado bonito, se não fosse tão arrogante. Abre o compartimento de malas, joga bolsas no chão, reclama que não tem espaço para a mochila dele, chama a aeromoça, chama Jesus, mas não se aqueta até que haja espaço para a tal mochila.
O moço barbudo ria da cena medonha feita pelo moreno, mas continuava encarando o livro.
O moço barbudo era você. Certamente mais velho e com um cabelo pior, mas era você. Era você no jeito de falar, era você no jeito de agir. Calmo demais, tranquilo demais, atencioso demais. Viajo ao lado seu, com intermédio do barbudo, dormindo tranquila e quando desperto, você me encara sorrindo.
Também não estava na praia pela noite, porque eu estava lá e até pensei ter te visto pelo canto do olho, mas não era. Era alguém mais alto com o cabelo pior.
Também não te vi fazendo compras no mercado que tem dentro do Cobal, nem escolhendo a melhor cerveja, ou o melhor vinho. Não comprou queijos e nem uma caixa de chocolates. Não comprou o Lucky, porque acho que parou com isso.
Também não estava no Cristo, eu fui lá, tentei achar, mas não. Nem na pequena loja instalada, nem comprando um cafezinho ruim e amargo que tinha ali no pé do Cristo.
Procurei na Bienal, nas bancas de jornais, em tudo quanto foi mercado, em tudo quanto foi tabacaria.
Tirei fotos, fotos minhas que, na verdade, são suas. Pode conferir. Todos os lugares, todas as poses, os mesmos sorrisos, os mesmos turistas. Tudo tão igual, mas em datas diferentes.
Por fim, me pego sentada no Santos D., café na minha frente, adoçante espalhado pela mesa e você passa. Talvez só na minha memória, mas sei que passa por mim, faz sinal com a cabeça e sai andando. Não fuma.
Subo no avião e ainda tenho recente a sua imagem passando. Sento na poltrona 8A, que lixo de lugar, bem na asa. As pessoas vão entrando, mas ninguém que chame a atenção entra.
O voo foi tranquilo.
Brasília. Outro café, mais adoçante e mais uma vez, você passando. Dessa vez carrega bagagem, está estressado. Então me lembro que um dia comentou que tinha muito na cabeça, pouco tempo pra resolver. Não acenou. Não fez sinal com a cabeça. Me olhou com desprezo.
Eu também me desprezava.
Era um desprezo maior que o seu. Era eu desprezando o que eu era.
Por um minuto, achei que não fosse fazer nada, até que você puxou uma cadeira, sentou-se junto, fez algumas perguntas, recebeu respostas que não lhe agradaram e então foi-se embora. Certeza que para não ter que me olhar mais uma vez, entrou no primeiro avião possível, mesmo que este fosse para o Amapá. Qualquer lugar era melhor que dividir uma mesa comigo.
O voo atrasa. Atrasa ao ponto de eu me estressar com a presença de qualquer um, fosse você, fosse deus.
Depois da espera, entro no avião, poltrona 9E, meio. Merda, mais uma hora e trinta minutos sentada ao lado de alguém que não gosto, não conheço e nem faço questão, mas como é meio... São duas pessoas que eu não gosto, não conheço e nem faço questão.
Entra um barbudo no avião, roupas calmas, andar calmo, sandálias. Não carrega blusa de frio, nem mochila. Carrega um livro e uma carteira. Senta-se na janela. Revira o livro do avesso, mas não encontra inspiração para lê-lo.
Entra um moreno alto que até poderia ser considerado bonito, se não fosse tão arrogante. Abre o compartimento de malas, joga bolsas no chão, reclama que não tem espaço para a mochila dele, chama a aeromoça, chama Jesus, mas não se aqueta até que haja espaço para a tal mochila.
O moço barbudo ria da cena medonha feita pelo moreno, mas continuava encarando o livro.
O moço barbudo era você. Certamente mais velho e com um cabelo pior, mas era você. Era você no jeito de falar, era você no jeito de agir. Calmo demais, tranquilo demais, atencioso demais. Viajo ao lado seu, com intermédio do barbudo, dormindo tranquila e quando desperto, você me encara sorrindo.
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